sábado, 15 de agosto de 2015

O tempo do poema


Não importa a chuva, o frio, o vento. Nada lá fora muda o instante de aconchego em que um poema aninha seus versos nas linhas do papel. E faz da palavra o leito, e cobre-se de sonoridade. Dou a ele o tempo do sossego. E desperto, amadurece em mim.


M.Cendón

imagem: Praia do Silveira, Garopaba, SC
foto: Marga Cendón (Brasil)

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Gesto



O que encantava, não era a flor no copo d'água ao lado da cama, mas a intenção do agrado. Aquele olhar apurado sobre a delicadeza... Alguma coisa velada que as mãos não tocavam e que, no entanto, fazia todo o sentido. Como as entrelinhas na tecitura de um poema. 



M.Cendón


foto da postagem: Marga Cendón (Brasil)